Prefeito Bruno Reis participa de cerimônia cívico-militar em homenagem ao 2 de Julho na Bahia

Prefeito Bruno Reis participa de cerimônia cívico-militar em homenagem ao 2 de Julho na Bahia

Como parte das comemorações da Independência do Brasil na Bahia, o prefeito Bruno Reis participou, na tarde desta quarta-feira (2), da tradicional cerimônia cívico-militar promovida pelo Comando do 2º Distrito Naval, no Comércio. O evento resgata o valor histórico das batalhas pela consolidação da independência e reforça o papel da Marinha durante o processo.

Conduzida pelo comandante do 2º Distrito Naval, vice-almirante Gustavo Calero Garriga Pires, a solenidade reuniu diversas autoridades civis e militares. O ato simbólico contou com o hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador no Forte São Marcelo, além da execução dos hinos Nacional e ao 2 de Julho. O tradicional toque de ombro, com tiros de fuzis disparados sobre a Baía de Todos-os-Santos, homenageou os combatentes que deram suas vidas nas batalhas marítimas.

“A Marinha realiza esta cerimônia para reverenciar uma data tão significativa para a história do nosso país. O 2 de Julho é mais do que a Independência do Brasil na Bahia — é uma data que nos inspira, nos motiva e nos encoraja a superar desafios. É por essa história que o povo baiano vive de forma independente, soberana e com orgulho de sua identidade”, ressaltou o prefeito Bruno Reis.

Heroísmo naval que marcou a história

Durante o processo de independência, a Marinha teve papel estratégico ao impor bloqueios navais, capturar embarcações que abasteciam as tropas portuguesas e impedir o reforço dos inimigos. A Flotilha de Itaparica e a Esquadra Imperial foram fundamentais para isolar Salvador, enfraquecendo a resistência lusitana.

Um dos heróis lembrados é João Francisco de Oliveira, mais conhecido como João das Botas, segundo-tenente da Armada Nacional e Imperial. Ele foi o grande articulador da Flotilha Itaparicana, que transformou embarcações civis em navios de guerra para enfrentar a força portuguesa. Entre as batalhas mais marcantes está a do dia 7 de janeiro de 1823, quando pescadores, marisqueiras e combatentes conquistaram uma das vitórias mais decisivas da campanha.

“A Flotilha era composta por canhoneiras e saveiros, reunindo quase 800 pessoas ao longo da campanha. Quando Madeira de Mello se viu cercado por terra, pelo Exército Brasileiro, forças policiais e cidadãos baianos, e pressionado no mar pela Esquadra comandada por lorde Thomas Cochrane e pela Flotilha de Itaparica, não teve alternativa senão abandonar o Brasil rumo a Portugal”, relembrou o comandante Gustavo Pires.

As batalhas travadas em solo e mar reforçaram a união do povo baiano e das forças armadas pela liberdade, consolidando o 2 de Julho como uma das datas mais simbólicas do calendário cívico da Bahia.